top of page

Epidemia de esporotricose no estado assusta cariocas

  • Matéria: Francisco Edson Alves
  • 19 de ago. de 2016
  • 3 min de leitura

Rio - O Estado do Rio enfrenta uma epidemia de esporotricose, doença que afeta animais, principalmente gatos, transmissível a humanos. Trata-se de micose que provoca lesões profundas na pele, semelhantes à leishmaniose. No gato, pode ser mortal. Já em humanos, tem cura. De acordo com as secretarias de Saúde do estado e do município, os números da enfermidade, causada por um tipo resistente de fungo, o Sporothrix schenckii, são preocupantes.

De acordo com a Vigilância Sanitária, só de janeiro a maio a rede municipal atendeu 1.581 casos de esporotricose em gatos. O número representa quase a metade do total de atendimento do ano passado, que foi de 3.253, o que fez o órgão a lançar a campanha ‘Esporotricose — um risco para seu gato e para você’.

Nos últimos dois anos, a doença já infectou 1.845 pessoas. Só na capital, 622 cariocas foram contaminados entre 2014 e 2015. Não há registro de óbitos humanos. “A situação vem se complicando com o passar do tempo, principalmente nas zonas Norte e Oeste. Mas é preciso deixar claro que a doença é curável e que os donos de gatos não devem abandonar e, muito menos, sacrificar os animais”, pondera a médica veterinária da Vigilância Sanitária Municipal Bárbara Montes. Ela aconselha a quem cria gatos castrar os animais e mantê-los o maior tempo possível em casa para evitar possível contágio nas ruas e quintais.

Segundo Bárbara, a contaminação ocorre através do contato das garras do animal com material orgânico em decomposição, como cascas de árvores, palhas, farpas, espinhos e o solo. “Com o fungo instalado, o gato transmite a doença através de arranhões, mordidas e contato direto com a pele lesionada”, alerta.

A psicóloga Helena Cardoso Mourão, de 38 anos, de Botafogo, contraiu esporotricose quando atuava como voluntária num abrigo de gatos. “Eu cuidava de uma gata, de nome Ceci, que adquiriu o fungo e de quem acabei contraindo a doença. Começou com uma leve lesão nas costas, que aumentou e desencadeou um inchaço lombar”, lembra Helena, ressaltando que teve de tomar antifúngico oral por três meses. “Hoje, eu e a gata não temos nenhum vestígio do mal”, atesta Helena.

Com o aumento do número de casos de esporotricose, a Vigilância Sanitária ampliou o atendimento nas unidades de zoonoses e medicina veterinária. O Instituto de Zoonoses Paulo Dacorso Filho (IPDF, no Largo do Bodegão 150, em Santa Cruz), e o Instituto de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman (IJV, na Av. Bartolomeu de Gusmão 1.120, São Cristóvão), disponibilizam atendimento gratuito. São feitos encaminhamentos de material para análise em laboratório, medicações, orientações para o tratamento em casa, castração e monitoramento. Além dos animais levados pelos donos, as unidades também tratam daqueles abandonados nas ruas.

Animal deve ser cremado

Para lidar com animais contaminados por esporotricose, é preciso usar luvas; limpar o ambiente com água sanitária; manter os felinos em local seguro e isolado e cremar animais que não resistirem, pois o fungo sobrevive na natureza. Outra recomendação é não fazer curativos locais nem banhar gatos doentes.

Pesquisador em Dermatologia Infecciosa do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Dayvison Freitas afirma que a esporotricose despontou em 1998. Sua pesquisa adverte grupos específicos que se tornam de risco, em que a esporotricose pode até matar, como gestantes e portadores de dacriocistite, síndrome de Sweet e Aids.

Antes e Depois

Tratamento é demorado?

Dependendo dos estágios da doença, medicamentos antifúngicos orais podem ter que ser administrados por período de tempo prolongado, em alguns casos ultrapassando seis meses. Nos gatos, estágios avançados da doença, com múltiplas e graves lesões, são de difícil tratamento, e esta indicação deve ser avaliada criteriosamente somente por um veterinário.

Estudos já comprovaram que o gato é o animal doméstico mais sensível à esporotricose. O cão raramente adoece, e dificilmente transmite a doença a outros animais. A esporotricose no cão quase sempre se inicia com feridas no focinho, membros ou no corpo, e ocorre após contato com gato doente.

O fungo Sporothrix schenckii, encontrado na natureza, pode se instalar em diversos tipos de animais, mas atinge mais os gatos por conta, segundo estudos, dos hábitos de caça, contato com a terra, com árvores e de disputas por território, por sexo e brigas entre eles, que facilitam a disseminação da doença em virtude de arranhaduras e mordeduras.

TRATAMENTO GRATUITO:

Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI) Endereço

Avenida Brasil 4.365 – Manguinhos, Rio de Janeiro (RJ) CEP: 21.040-360

Contatos:

(21) 3865-9553

http://www.ipec.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm…

Horário de atendimento:

Segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, exceto feriados.

Requisitos para atendimento

Ser proprietário de animal doméstico (cães e/ou gatos) com suspeita ou diagnóstico da doença. Compromissos da instituição

Avaliar continuadamente o desempenho e os registros profissionais dos prestadores de serviços, garantindo que esses sejam capacitados e legalmente habilitados. Orientar os proprietários dos animais sobre os diagnósticos, situação de saúde e planos de tratamento propostos.

Comentários


Posts Em Destaque
Posts Recentes
Arquivo
Procurar por tags
Siga
  • Facebook Basic Square
  • Twitter Basic Square
  • Google+ Basic Square

© 2023 por Abrigo para Animais.  Orgulhosamente criado com Wix.com

  • Twitter Clean

Siga-nos no Twitter

Siga-nos no Facebook

  • w-facebook
  • c-youtube

Dicas, Entrevistas e muito entretenimento para

você e seu Pet.

bottom of page